Psicóloga Simone Villas Bôas Saraiva

psicóloga, gestalt-terapeuta

CRP 06/177991

Comparação

Comparação

Você já se pegou fazendo uma comparação entre sua vida e a de outras pessoas no Instagram? A constante comparação entre sua experiência e a de outras pessoas nas redes sociais pode ser prejudicial.

O Instagram, por exemplo, está repleto de imagens tão perfeitas que parecem cuidadosamente montadas, sempre prontas para incentivar a comparação. Filtros, peles impecáveis, viagens exuberantes e dias eternamente ensolarados são apenas fragmentos da realidade. São recortes escolhidos a dedo, mostrando apenas o que as pessoas querem que os outros vejam. Muitas vezes, essas imagens não têm qualquer conexão com a verdadeira vida de quem as publica. Isso reforça a comparação e nos ensina mais sobre como percebemos o mundo ao nosso redor.

A percepção é irrefletida

Cada pessoa lida e reage a esse conteúdo a partir de suas próprias referências e experiências. Os detalhes que não aparecem na imagem são automaticamente preenchidos por quem está observando, a partir de sua própria história. Portanto, ao ser exposto a um fluxo constante e infinito de imagens, a comparação pode amplificar emoções já existentes. Tudo o que você sente e infere está baseado em suas percepções. Percepções estas que podem não refletir a realidade de quem você está observando. Assim, essa comparação acaba trazendo à tona traumas e gatilhos que talvez você ainda não tenha identificado e acolhido.

Você já se perguntou se as contas que segue nas redes sociais trazem algum tipo de benefício real? Ou será que certos perfis acabam te fazendo mais mal do que bem? Alguns tipos de conteúdo causam ansiedade ou geram desconforto? A comparação constante com essas imagens perfeitas pode ser a origem desse mal-estar.

Essas perguntas estão diretamente relacionadas aos seus próprios limites e questões emocionais. A causa por trás desses sentimentos pode e deve ser tratada com o apoio de um processo terapêutico. Enquanto você não aborda essas questões, escolha não seguir determinados perfis ou temas que aumentam o desconforto. Lembre-se, quem vê close, não vê o esforço e muito menos a verdadeira realidade por trás das câmeras e filtros. A comparação que você faz não mostra a história completa.



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Simone Villas Bôas Saraiva

Simone Villas Bôas Saraiva

CRP 06/177991
Psicóloga clínica, gestalt-terapeuta, especialista em gênero e sexualidade. Psicoterapeuta com experiência clínica com demandas de estresse, ansiedade e depressão.


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