Há uma convicção precisa em todos nós. Talvez seja embalada pela regularidade dos eventos naturais. Temos a certeza de que certas coisas vão ou devem acontecer sempre da mesma forma. Assim como a música, “mas é claro que o sol vai voltar amanhã. Mais uma vez, eu sei…”. Sabemos que determinados eventos permanecem em um padrão, pois são estabelecidos em uma determinada rotina. No entanto, a regra é a incerteza.

A certeza que pode até se manter para alguns acontecimentos é totalmente improvável para outros. Isso é especialmente verdadeiro neste mundo. Tudo muda e acontece de maneira cada vez mais acelerada. Se há algo verdadeiro em viver, é o fato de que não dá para sustentar muitas destas certezas.

Essa ideia ocidental de que é possível manter tudo sob controle é enganosa. Acreditar que tudo pode estar dentro do planejado promove a busca por soluções rápidas. Isso é o caminho perfeito para apenas uma coisa: a frustração.

Estamos sujeitos às mudanças do clima, da natureza, das pessoas e dos contextos. Não há muito o que fazer sobre isso. Ter parâmetros, rotinas e estruturas que auxiliem na adaptação é importante. Estar fixado nas certezas e achar que as coisas devem se manter sempre da mesma forma causa sofrimento. Também pode desencadear quadros de ansiedade e depressão. Viver de maneira plena mora também em ser tolerante com o novo ao abraçar mudanças nas rotas e percursos.

O movimento da incerteza é um fluxo contínuo e que pode ser incrivelmente rico em aprendizados e novas oportunidades. É importante estar atento ao que se tem hoje, no aqui-e-agora. No entanto, é essencial saber que as coisas podem mudar. Isso pode trazer perspectivas completamente novas, menos engessadas sobre a realidade.