Psicóloga Simone Villas Bôas Saraiva

psicóloga, gestalt-terapeuta

CRP 06/177991

Transtorno mental não é frescura

Não é frescura

Há um certo avanço em relação ao entendimento do transtorno mental nas gerações atuais. Diferente das anteriores, tem buscado ajuda para tratar o sofrimento psíquico. Ainda assim, esse texto precisa estar aqui e se faz necessário. Apesar do progresso, ainda há um caminho a ser percorrido para abolir o estigma.

Quando alguém sofre um acidente, há uma série de protocolos que são seguidos para que a pessoa se cure. Há o entendimento geral que ela precisa de tratamento e repouso para melhorar. A mesma lógica deve ser empregada para as doenças psíquicas, que podem ser desencadeadas por questões ambientais, históricas ou genéticas.

Os transtornos mentais podem, inclusive, ser multifatoriais. Podem vir de diferentes questões que precisam ser investigadas a partir dos métodos adequados, como a psicoterapia e medicação psiquiátrica. Além disso, deve-se verificar as possibilidades de mudanças no ambiente e nas relações para proporcionar saúde. Apesar de não ser visível e palpável, há muito sofrimento atrelado às psicopatologias. Acredite: ninguém escolhe estar preso em um estado de constante angústia. 

Supor que um transtorno mental é “frescura” ou “falta de vontade” está relacionado a um ideal de saúde inexistente. Não há um único padrão social que se aplica para todas as pessoas. Somos indivíduos singulares, com experiências e vivências únicas. A partir da história e da vivência de cada pessoa é que encaramos o mundo e vamos experienciar determinadas situações. A falta de conhecimento e medo de lidar com questões mentais também dificultam o processo de aceitação. Cria barreiras e impede a busca por ajuda profissional para iniciar um tratamento adequado. 

Apoio e acolhimento

Determinadas questões não podem ser resolvidas da noite para o dia e é necessário ter paciência com o próprio processo. Lidar com um transtorno mental é uma trilha cheia de altos e baixos. Nem sempre é rápida. Demanda um diagnóstico adequado para definição do melhor tratamento. Além disso, requer reflexão e autocompaixão para aceitar o próprio ritmo, permitindo-se tomar o tempo de cura necessário. 

Se você está próximo de alguém que precisa de auxílio psiquiátrico, seu apoio e acolhimento pode ser crucial. Tratamentos evoluem continuamente. No que concerne ao acolhimento, cabe à sociedade como um todo reconhecer cada indivíduo como cidadão. A cada um cabe a responsabilidade de lutar contra com a discriminação e preconceito.



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Simone Villas Bôas Saraiva

Simone Villas Bôas Saraiva

CRP 06/177991
Psicóloga clínica, gestalt-terapeuta, especialista em gênero e sexualidade. Psicoterapeuta com experiência clínica com demandas de estresse, ansiedade e depressão.


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