Existe uma pressão generalizada em ser social que recai sobre todos nós. Um sentimento que faz com que algumas pessoas acreditem que não podem demonstrar determinadas emoções em público. É necessário não expressar sentimentos como o medo, nervosismo e ansiedade diante de determinados contextos. Falo aqui hoje sobre uma preocupação excessiva com a autoimagem diante de um outro.
Um estudo da Universidade de Trent em Nottingham, no Reino Unido, demonstrou que, na verdade, os sinais de estresse podem ser recebidos de forma positiva. Podem deixar outras pessoas predispostas a desenvolver empatia. Ou seja, tentar esconder determinados sentimentos pode não ser a melhor escolha.
É possível descobrir que a experiência antecipada não é tão assustadora quanto a idealizada inicialmente. Além disso, pode proporcionar um comportamento cooperativo das pessoas ao redor, encontrando confiança para compartilhar.
É absolutamente normal se sentir nervoso e ansioso em situações que você fica em evidência e as pessoas ao redor sabem disso. Elas já passaram por esses momentos também. Os sinais que você passa, mesmo que de forma inconsciente (e eles existem!), são reconhecidos e geram empatia e identificação, até podem te ajudar a ser melhor recebido e ouvido.
Claro que há situações, principalmente para determinados grupos sociais, em que demonstrar o que se sente não é uma escolha possível. Por isso, não podemos generalizar sem considerar o contexto. Identificar esses ambientes também é importante, porque a repressão dos efeitos da emoção pode ser adoecedor.
O processo terapêutico deve ajudar não só no cuidado com o que se sente, mas olhar também para formas de acolher e integrar os sentimentos ao momento da vida, vendo o que é possível fazer com isso. A melhor resposta para as situações, quando há a possibilidade, é ser autêntico.
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