Tem algumas coisas que ouvimos na vida que marcam para sempre quem somos, seja de maneira consciente ou não. Ideias que são ditas uma vez só ou repetidas muitas vezes acabam por se tornar crenças internalizadas sem questionamento.

Advindas principalmente da infância e de pessoas em que confiamos, crenças podem ditar e limitar diferentes aspectos do cotidiano e refletir na forma como vivemos, agimos e pensamos. Muitas vezes, ficamos presos em padrões fixados a tanto tempo que já nem são mais identificáveis, não são conscientes e impedem a possibilidade de novos caminhos e perspectivas.

Falas como “você não é bom o suficiente” ou “você não é capaz” podem impactar toda uma vida. Quando algo é repetido vezes o suficiente, tem o poder de convencer de que há um único modo possível de realização. Isto pode impedir o crescimento desejado.

O desafio é estar consciente destas crenças. Um caminho possível é saber identificá-las e em quais contextos foram constituídas. É papel da psicoterapia auxiliar nessa compreensão, a fim de entender o que foi introjetado e que não faz sentido no agora. Não para traçar a origem, mas para dar um nome e perceber como essa crença impacta no que se sente e como se comporta.

Depois da consciência de quais são e como limitam o crescimento, o próximo passo é verificar como estas crenças são vividas e se é possível fazer diferente. Esse movimento leva tempo e pode não ser confortável, mas cria a possibilidade de outras relações.