Hoje, 27 de agosto, é dia do psicólogo. A data é uma lembrança da regulamentação da profissão em 1962, período marcado por momentos difíceis para a democracia brasileira.
Em tempo de tantos retrocessos como o atual, tenho orgulho da profissão que escolhi. Há toda uma história de comprometimento com a alteridade. Uma história escrita por profissionais que buscam uma sociedade mais justa e com a garantia de direitos para todos. É isso que levo para a minha prática clínica.
Recebo cada história com muito respeito, verificando o contexto daquela pessoa. Luto por uma transformação social que possibilite acolhimento e proteção a todos. Luto principalmente pelos que estão em maior vulnerabilidade, seja por uma violência estrutural ou por suas formas sociais e políticasl.
Tornar-se psicólogo é um processo que parte, em alguma medida, de não se conformar com o mundo como ele está. É sobre se reinventar para estar disponível a cada visão de mundo que se apresenta, respeitando a alteridade e oferecendo apoio para quem deseja construir novas possibilidades. É estar sempre preparada para uma escuta acolhedora, sem julgamentos, comprometida com a ética de respeitar os limites do outro.
Ainda há muito caminho para se percorrer na busca por mais bem-estar nesta sociedade. Estamos cada vez mais apressadas e conectados a não sei a que. Pois olhamos cada vez menos para si mesmos e para quem está ao seu lado. Mais do que nunca, é necessário nos mantermos fortes e vigilantes, assegurando e lutando para que nenhum direito seja retirado. Estamos juntos.
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