Há postagens e assuntos polêmicos nessa rede e nas vizinhas que é tão absurdo que o primeiro impulso é responder, compartilhar, mostrar indignação e fazer todo barulho possível em cima daquilo. O problema é que isso causa um efeito reverso.
Comentar, compartilhar e interagir favorece o engajamento de conteúdo prejudicial. Ao contrário do desejado, dá visibilidade e faz com que chegue em mais pessoas. Sabe aquela ideia de que quem não é visto, não é lembrado? A internet leva essa frase a sério.
As principais redes têm seus modelos de negócios baseados exatamente no engajamento de seus usuários, no que captura a atenção. Quanto mais escandalosa e absurda uma situação, mais ela atrai o olhar e cativa pessoas a verem e darem suas opiniões, ou seja, engajar.
Sabe aquele perfil que posta conteúdo realmente de qualidade, mas que nunca alcança muita gente? É só contrastar com aquele outro que falou algo bem absurdo e que se popularizou bem rápido. A política das redes sociais é feita de contemplação do horror e não de vivência.
O melhor a se fazer, dentro das próprias possibilidades, é ignorar conteúdo prejudicial sempre que possível. Há uma responsabilidade enorme sobre o que se compartilha, desde a integridade da informação que está sendo repassada a até mesmo a saúde mental de quem verá.
Somos todos criadores, detratores e consumidores de todo conteúdo a que somos expostos. Cabe a cada um de nós escolher engajar ou não.
Deixe um comentário