Para muitas pessoas, me incluo nessa, as videochamadas são uma marca registrada da vida pandêmica. Elas servem para uma conversa com os amigos, aulas ou reuniões de trabalho. Videochamadas aparecem como uma forma de aproximação e contato com o mundo exterior à nossa casa. Elas oferecem a praticidade de se conectar de maneira eficiente mesmo a distância. No entanto, corremos o risco de ter uma “fadiga de Zoom”?

Já é rotina para quem trabalha em home office fazer várias reuniões seguidas por dia. Sair de uma e entrar em outra é comum. Não há tempo para uma pausa. Não há tempo para buscar um copo d’água ou espairecer. Não há fôlego para o cérebro. Pesquisas já apontam que nunca passamos tanto tempo em reuniões virtuais como agora. É importante verificar essa transição do ponto de vista psicológico. Apesar da falsa sensação de que é mais fácil se encontrar online, construir relações nesse meio demanda mais atenção. Este é um processo exaustivo para o cérebro.

Nas videochamadas, perdemos ferramentas importantes para a comunicação. O contato fica limitado a uma tela. A imagem do outro é bidimensional e construída apenas de um recorte escolhido. Todas as preocupações que permeiam a participação em uma reunião online se tornam extremamente exaustivas. Isso inclui arrumar o enquadramento da câmera e checar a qualidade de conexão. Escolher o momento certo para falar e esboçar reações também são desgastantes. O cérebro ainda se adapta a esse novo formato.

Cansaço da virtualidade

Muitas pesquisas e pessoas já falam dos cuidados para lidar com a “fadiga de Zoom”. Este é o nome dado ao cansaço gerado por estar constantemente em videochamadas. Pode causar problemas como ansiedade, insônia e sobrecarga por estresse. É necessário tomar pausas entre as reuniões. Utilize a ferramenta de vídeo apenas quando se sentir confortável. O mais importante, reserve tempo para lazer. É fundamental manter a consciência do próprio limite. Respeite as necessidades individuais. Tenha em mente que as reuniões virtuais sobrecarregam. Elas podem gerar esgotamento e sintomas físicos que precisam ser identificados.

Nenhuma rotina de trabalho deve estar além do seu próprio limite. Ser produtivo e realizar entregas está intimamente ligado com o seu equilíbrio e bem estar. É mais fácil investir energia para alcançar os próprios objetivos quando sua prioridade é você.