Psicóloga Simone Villas Bôas Saraiva

psicóloga, gestalt-terapeuta

CRP 06/177991

Fake news

fake news

Como combater “fake news”? Essa máquina poderosa de desinformação e discurso de ódio que corrói liberdades individuais. Sinto que essa é uma tarefa que se torna cada dia mais difícil. A divulgação desse tipo de conteúdo tem ficado mais sofisticada, idealizada para nichos específicos e utilizando-se de elementos idênticos aos que constituem um fato.

Constatar que uma informação é falsa não se trata apenas de fazer buscas no Google e seguir uma lista de checagem de itens, tem muito mais a ver com a habilidade de saber ler e analisar a informação a partir do mundo ao redor, evoluindo o pensamento crítico para decisões pautadas na verdade, que deve ser o compromisso primordial.

Esse não é um caminho fácil, não é o tipo de aprendizado que se adquire na graduação em psicologia. É preciso continuamente treinar o olhar e se manter alerta, a fim de se poder fazer escolhas mais criteriosas e funcionais, decidindo-se por buscar o saber independente das convicções pessoais.

Como profissional da saúde, assumo a responsabilidade de incentivar uma visão mais crítica para toda a classe, a fim de garantir a veracidade das informações compartilhadas e o que é levado para dentro da clínica. É extremamente importante combater o discurso de ódio em prol da saúde, jamais deixando que as crenças e opiniões sejam sobrepostas a fatos cientificamente provados.

A internet possibilita coisas maravilhosas. Proporciona a democratização do conhecimento, mas há indivíduos que a utilizam também como uma forma de distorção das notícias e até da realidade em prol de ganhos políticos. Cada pessoa possui um mundo individual e particular na tela de seu smartphone, com notícias e interações selecionadas a partir das próprias opiniões e valores, um algoritmo que individualiza o conteúdo e facilita o recebimento de algumas informações, mas nos distancia de outras.

Mais do que nunca, é preciso buscar outras fontes e manter um certo ceticismo, questionando as informações e as mídias onde elas são veiculadas, inclusive, quando elas vão de encontro com nossas ideologias para que, assim, não sejamos propagadores coniventes de desinformação.



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Simone Villas Bôas Saraiva

Simone Villas Bôas Saraiva

CRP 06/177991
Psicóloga clínica, gestalt-terapeuta, especialista em gênero e sexualidade. Psicoterapeuta com experiência clínica com demandas de estresse, ansiedade e depressão.


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