Você já ouviu falar de FOMO?
Não sou a maior fã desses termos populares na internet, mas esse em específico eu gosto. É um sentimento que é descrito de diversas maneiras na psicoterapia, que frequentemente surge como algo “normal”: o medo de perder um evento importante ou ficar de fora de alguma coisa. Essa é a tradução, inclusive: Fear Of Missing Out – o medo de ficar de fora.
Seja a partir do medo de não estar por dentro das informações importantes e ficar de fora das discussões, por sentir que é preciso estar sempre próximo e disponível dentro das relações ou então por querer estar presente em todos os eventos. A indústria do entretenimento ganha muito com esse último, com todos os anúncios de shows, festas, palestras, encontros. Tudo é o mais irresistivelmente imperdível. “Não dá pra ficar de fora”, dizem.
É um comportamento comum querer saber de tudo e emitir opiniões sobre tudo: aquele jogador traindo a namorada grávida; um submarino cheio de ricaços, talvez não tão inteligentes, se perdendo no oceano. Sei que você pegou estas referências! A sensação é de que é necessário acompanhar sempre em um feed que pode ser scrollado ad infinitum.
Aí é que a FOMO afeta a saúde mental e física: será possível conciliar trabalho, estudo, família, relações afetivossexuais, vida social, atividade física, descanso, notícias, memes, fofocas, eventos e não sentir que algo importante ficou para trás?
Conferindo sua disponibilidade
Participar requer disponibilidade. Mais do que tentar estar em todo lugar ao mesmo tempo, é preciso respeitar o corpo que se tem. Para cada relação, é necessária determinada quantidade de energia, adquirida através de uma boa noite de sono, alimentação e hidratação adequadas.
A terapia pode ajudar no entendimento dos gatilhos da FOMO, de como e onde este medo surge, quais relações, eventos sociais e informações causam esse desconforto para, assim, tornar possível a criação de mecanismos atualizados de defesa.

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