Você já quis fugir da terapia?
Existe um fenômeno que algumas pessoas descrevem como um sentimento de precisar “fugir”, “faltar” ou “não querer ir a terapia”. Este fenômeno fala muito do processo terapêutico em si. A psicoterapia pode fazer emergir emoções que provocam desconforto, mesmo que de maneira não consciente.
O desconforto pode se manifestar de diversas formas. “Tenho preguiça.” “Não tenho o que falar.” “Nada aconteceu essa semana.” “Não tenho dinheiro.” “Preciso fazer essa outra coisa.”
Até atrasos podem ser uma manifestação da resistência. Mostram uma intencionalidade na fuga do espaço reservado para tratar do que o corpo pede para ser cuidado.
Acolher o desejo de não falar
Enquanto gestalt-terapeuta, procuro sempre respeitar estas manifestações. Respeito o desejo de não querer mencionar sobre certos assuntos, não querer experimentar certas emoções, não se sentir confortável para acessar certos eventos.
Há várias possibilidades que podem fazer emergir a fuga da terapia. O primeiro passo para compreendê-la é criar consciência do que está acontecendo mais de como a resistência se manifesta.
Lembro aqui que o processo terapêutico também é uma relação contratual entre terapeuta e consulente. Faz sentido renegociar este contrato de modo que seja justo para ambas as partes. Nesta equação, deve-se considerar a disponibilidade do profissional.
Quer fugir? Leve isso para a terapia!
Faço o convite aqui para que investigue sobre o que se sente quando não há vontade de comparecer ao encontro. Exponha suas questões, tire dúvidas e faça novos combinados.
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