Não à revitimização

Não à revitimização

Saúde mental é coisa séria. Há uma grande responsabilidade na psicologia de que as práticas sejam realizadas de forma segura para evitar a revitimização. Deve-se respeitar o tempo de cada consulente e oferecendo o suporte necessário. Feridas reabertas podem piorar a saúde mental. Cabe ao profissional oferecer apoio e acolhimento, ajudando no processo de cura.

Esse texto é uma defesa de que técnicas como a constelação familiar precisam ser realizadas com responsabilidade. Deve-se focar no que é melhor para a pessoa e não como uma forma de desafogar a vara de justiça. Há um movimento de promotores, advogados e juízes que adotam métodos psicoterapêuticos para estimular a resolução de casos. No entanto, há diversos relatos de mulheres que passaram por esses métodos em casos de agressão e violência e precisaram atuar no papel de seus agressores, revisitando o ciclo de violência que viveram, em um processo de revitimização que reabre cicatrizes, como mostrou reportagem recente do jornal O Globo.

Essas práticas podem trazer conforto e resolução. No entando, isso somente ocorre quando realizadas em um ambiente seguro, conduzidas por profissionais preparados. É necessário acolhimento e auxílio no processo de lidar com traumas. Cuidar de traumas é um processo que exige paciência e empatia. O espaço da terapia, mesmo que não seja um consultório clínico, deve ser seguro de julgamentos para que não propague violências.



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Simone Villas Bôas Saraiva

Simone Villas Bôas Saraiva

CRP 06/177991
Psicóloga clínica, gestalt-terapeuta, especialista em gênero e sexualidade. Psicoterapeuta com experiência clínica com demandas de estresse, ansiedade e depressão.


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