As coisas não estão fáceis ultimamente. As semanas têm sido carregadas de acontecimentos tristes. A volta às atividades coletivas parece cada vez mais distante, deixando um caminho marcado por perdas e dores. A pandemia nos distancia das pessoas que amamos e das coisas que gostamos de fazer. Um dos poucos contatos com o mundo externo acaba sendo pela internet, que oferece bons recursos para a distração.

Essa facilidade de acesso leva ao consumo exagerado desse tipo de conteúdo. Isso pode se tornar adoecedor, possibilitando o surgimento da ansiedade frente ao sentimento de impotência e angústia. É importante experienciar o que se vive, se manter informado para não negar ou se dessensibilizar. Contudo, é preciso ter cuidado. Essa superexposição tem custo para a saúde, podendo causar medo e desesperança. Atrelados ao isolamento social, podem ser frequentemente associados ao surgimento de transtornos psicológicos como ansiedade, depressão e síndrome do pânico.

Mais do que nunca, é preciso praticar o autocuidado. Deve-se equilibrar o consumo de notícias. Sugiro selecionar com cuidado que tipo de informação está sendo consumida, de onde ela vem e em que horário. Não ajuda em nada acessar as notícias assim que acordar ou minutos antes de dormir. A distração é um bom recurso pelo potencial de alterar o foco da pandemia e suas consequências para outras possibilidades. É hora de desenterrar os hobbies de dentro do armário e separar tempo para atividades que trazem prazer. Além disso, mantenha contato com pessoas queridas.