Dentro da terapia, muitas vezes tendemos a psicologizar demais. Defino “psicologizar” como um comportamento de explicar a vida apenas a nível psicológico, atribuindo tudo a um tal psiquismo. É um movimento que faz sentido no ambiente psicoterapêutico. No entanto, deve-se investigar questões a partir de um modelo holístico e integrativo como promoção do autocuidado.

Proponho aqui que se deve compreender o indivíduo como um ser único. Um ser constituído pelas dimensões biológica, psicológica, social e espiritual que integram este todo.

Segundo a OMS, saúde é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”.

Não falamos aqui de práticas pseudocientíficas, que podem trazer conforto para determinadas pessoas, mas que não possuem comprovação de eficácia. A visão holista, nesse caso, fala muito mais de compreender os fenômenos na sua totalidade e globalidade. Deve-se oferecer assistência pautada no cuidado e não apenas no tratamento de doenças, verificando os contextos do consulente. Entendo que saúde é um estado completo de bem-estar físico, mental e social do indivíduo, mesma concepção empregada pela OMS.

As questões que afetam a qualidade de vida precisam ser olhadas a partir de todas as esferas. Tudo bem senti-las frequentemente. Todo e qualquer estímulo pode ser responsável por fazer determinados sentimentos e ações emergirem. Ao buscar atendimento psicoterapêutico, informe ao profissional todas as medicações que você utiliza, mesmo as que não são psicotrópicas. Cada medicação pode impactar diretamente o seu humor e emocional. Informe também sobre sua rotina de autocuidado, como se alimenta, como dorme e como pratica atividades físicas.

Não é possível separar corpo e mente. O estado de um impacta diretamente o outro. Isso deve ser levado em conta em qualquer atendimento médico e psicológico que você receba.