Algo que gosto de trabalhar são as questões de identidade, de como a pessoa consulente se identifica no mundo, inclusive nas redes sociais.
Uma das formas que tenho encontrado para fazer isso é através do perfil nas redes sociais e aplicativos em geral. Desde o LinkedIn para entender como a pessoa se coloca em relação ao mercado de trabalho, até mesmo aos aplicativos de namoro e relações afetivas no geral, como o Tinder, Happn, Grindr e mais os outros que aparecem todos os dias.
Toda a estrutura desses aplicativos dão um bom caldo para discussão. Quer coisa mais difícil do que encontrar formas de se expressar enquanto cria um perfil atrativo para o outro, mas que atraia as pessoas certas e permita estabelecer bons diálogos, criar conexões e quem sabe evoluir para encontros que sejam divertidos, não estranhos em que ambos querem a mesma coisa? É bastante coisa!
Trabalhando essas demandas dentro do processo terapêutico, é possível gerar consciência de como acontece sua identificação consigo mesmo, o que você utiliza para criar e estipular seus objetivos, como eles são coerentes e conectados com a sua realidade e até mesmo como todos essas coisas são expressas no seu perfil. Se conhecer nesse sentido dá a oportunidade de lidar melhor com as expectativas e identificar a própria disponibilidade para fazer o match acontecer, estar presente e estabelecer conexões.
Quem sou eu quando me apresento nas redes sociais?
Ser e estar nas redes pode trazer a sensação de que dá para definir uma única imagem de si mesmo, plana e estática. Na verdade, a identidade é flexível, fluída e conectada com o ambiente. A demanda é buscar a coerência dos objetivos nestes diferentes contextos, como o profissional versus o afetivossexual. O setting terapêutico oferece um espaço seguro para esta demanda.
Fica aqui o convite para a gente falar dessa aventura dramática que são os aplicativos de relacionamento.
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